A Campylobacter é uma bactéria que vive no intestino de aves domésticas, mas pode também estar presente na carne de boi. Já vi alguns médicos de referirem a ela como a 'bactéria do frango'. Ela causa infecção intestinal, dores no abdômen e diarreia. E o que é interessante é que muitas pessoas que tiveram diarreia desenvolveram também a GBS no prazo de 4 semanas. E quando eu paro para analisar a minha carreira na CIDP, eu vejo que os episódios mais drásticos foram após uma diarreia. Não foi assim na primeira vez, quando eu descobri que tinha GBS em 2006, mas foi exatamente assim das outras vezes.
As recomendações são:
Não misture a preparação do frango com outras comidas que não serão cozidas.
Não use a mesma faca para cortar o frango e depois preparar as saladas.
Não lave o frango na hora da preparação para que as bactérias não se espalhem para outras comidas.
A Fundação presenteou a cientista Dra. Ruth Huizinga do Departamento de Imunologia do Erasmus Medical center, Universidade de Rotterdam na Holanda, com uma bolsa de pesquisa, a Benson Fellowship, no valor de 450 mil dólares divididos em três anos, para que a Dra continue com sua pesquisa.
O que a Dra Huizinga quer descobrir é por quê a Campylobacter jejuni desencadeia GBS em algumas pessoas e em outras não. Afinal, não são todas as pessoas que desenvolvem GBS após uma infecção intestinal com a C. jejuni (ainda bem!). Existe algo nos pacientes de GBS que faz com que as células protetoras do corpo combatam a bactéria, mas depois pensem que a mielina dos nervos é a própria C. jejuni e passem a atacar os nervos. Esse mecanismo ainda não foi explicado.
Se a Dra. Huizinga conseguir decifrar esse mecanismo, as empresas farmacêuticas poderão criar novos medicamentos e quem sabe até curar a GBS e CIDP de uma vez por todas.